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DJ JANOT LANÇA SEU NOVO CD

Coletânea comemora os 10 anos da Brazooka

Por djjanot.com.br | Em 16 de dezembro de 2010

Já são 10 anos de uma utopia que se transformou em recorde na noite carioca. Quando inaugurou a festa Brazooka, em 2000, na Casa da Matriz, o DJ Janot não imaginava que a aposta no repertório exclusivamente brasileiro daria tantos frutos. Na época, auge do drum´n´bass e outros ritmos eletrônicos, a música brasileira era marginalizada pelos DJs.

A aposta do DJ Janot parecia uma excentricidade fadada a durar pouco. Hoje, passados 10 anos, a Brazooka é a festa há mais tempo em cartaz na cidade, toda sexta-feira no mesmo lugar e com o mesmo DJ. Um recorde que é comemorado com o lançamento, pela gravadora Dubas, do CD “O Som Brazooka do DJ Janot: 10 Anos”.

Numa época em que o consumo de CDs diminui a olhos vistos, o DJ Janot ainda aposta no formato, em boa parte para atender a demanda dos frequentadores de suas festas, que sempre querem levar pra casa a mistura peculiar de seu repertório. Janot consegue ser pop sem aderir a modismos ou abrir mão de seus princípios musicais. Ao invés de apenas repetir o que já toca nas rádios, são as rádios que costumam se pautar pelo seu repertório. Foi assim quando lançou suas duas primeiras coletâneas em 2006, pela Som Livre, “O Som Brazooka do DJ Janot – Volumes 1 e 2”. “Além de popularizar nas pistas pérolas como ‘Eu Bebo Sim’, de Elizeth Cardoso, ajudei a levar para as rádios o som de grupos como Moinho e Bossacucanova”, lembra Janot.

Para a compilação que celebra os 10 anos de sucesso da festa, Janot reuniu 18 músicas que fazem a pista tremer. Boa parte delas reflete uma tendência dos últimos anos: o resgate, pela nova geração de músicos, de pérolas de um passado glorioso da MPB. São os arranjos cheios de ousadia e personalidade, como as versões do Fino Coletivo para “Swing do Campo Grande”, dos Novos Baianos, ou da Orquestra Imperial para o samba “Me deixa em Paz”, de Monsueto. E o que falar da releitura instrumental de “Carinhoso”, em ritmo de reggae/ska, feita pela Orquestra Brasileira de Música Jamaicana? O CD também traz músicas que promovem uma catarse na pista em suas versões originais, como o hino “Alegria Alegria”, de Caetano Veloso, além de remixes, como “Nem Vem Que Não Tem”, em que a pilantragem de Wilson Simonal ganhou batida funk.

A versatilidade é uma marca pessoal de Marcelo Janot, que, além de DJ, é um dos principais críticos de cinema do país, com atuação nas quatro mídias: comentando filmes no Telecine Cult, na Rádio Sul América Paradiso, no jornal O Globo e no site Críticos.com.br, além de ministrar cursos sobre cinema regularmente no Polo de Pensamento Contemporâneo. Como DJ, seu currículo extenso inclui apresentações para multidões, como a abertura do show dos Rolling Stones (1996) e o Live Earth (2007), na Praia de Copacabana, o Brazilian Day em Nova York (2006) e o Réveillon de Copacabana (2010).

Paralelamente, DJ Janot também excursionou pela Europa, com apresentações em Portugal e na Expo 2008 de Zaragoza, na Espanha. Seja para que público for, suas festas estão sempre lotadas – Janot também é residente da festa itinerante “Verde e Amarelo”. A longevidade da Brazooka, celebrada com o lançamento deste novo CD, é a melhor prova disso.